O ensino superior brasileiro passou por um forte período de expansão entre os anos de 2003 a 2014, todavia permeado por dificuldades e contradições. Isso devido à educação superior brasileira está envolta numa política educacional de jogo de interesses, configurando-se como um campo em disputa, pois as visões sobre ela vão desde um possível projeto de desenvolvimento nacional, quando visto do ponto de vista governamental, ou mesmo um meio de ascensão social e possibilidade de democratização de direitos, até aos interesses de mercado, quando analisado do ponto de vista empresarial. Buscando atender a essa gama de interesses envoltos na educação superior, o governo federal aumentou o aporte de verbas e lançou programas como o FIES, o PROUNI e o REUNI. Sendo que os dois primeiros apresentam um problema, a saber, a destinação de verbas públicas para instituições de ensino superior particulares, que possuem baixa qualidade de ensino, pesquisa e extensão. Já o REUNI dificulta a pesquisa e a extensão das Universidades públicas por conta da sua política de eficiência financeira. Esses programas geraram assim uma expansão desqualificada da educação superior. Objetiva-se nesta pesquisa compreender a expansão contraditória na educação superior brasileira. Para tanto, realizou-se uma análise em documentos de órgãos oficiais e artigos científicos. Como aporte teórico para a construção desse estudo destacou-se os trabalhos de COSTA (2013); MOURA (2014) e PACHECO (2014). O avanço alcançado na educação superior brasileira no período estudado merece destaque positivo, porém ainda são muitos os problemas enfrentados, portanto é necessário estudo e conscientização sobre o quadro passado e atual.