Este artigo é fruto de uma pesquisa bibliográfica e documental realizada no ano de 2016 durante a disciplina de Pesquisa em Serviço Social I e II do curso de graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se de uma análise qualitativa acerca das ações afirmativas no Brasil, especificamente à voltada para a população negra e parda, tendo como fundamento a Lei nº 12.711/2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. O estudo se desenvolveu no sentido de analisar quais avanços foram alcançados com a referida lei e qual o papel do Serviço Social dentro dessa temática. Para tanto, desenvolveu-se a pesquisa seguindo três eixos temáticos de análise, a saber: breve histórico do ensino superior brasileiro, em que são elencadas os dados mais marcantes dessa trajetória; políticas de ações afirmativas: o que são e qual o panorama brasileiro após a implementação da Lei nº 12.711; as ações afirmativas e o papel do serviço social. Concluiu-se com a pesquisa que a inclusão de pessoas negras e pardas no ensino superior brasileiro teve grandes avanços, mas que não foram suficientes para romper com a história de desigualdades étnicas/raciais no acesso às universidades entre brancos e negros/pardos. Nesse sentido, entendendo que a educação, e as universidades, são espaços sócio-ocupacionais de trabalho do assistente social, o papel do serviço social é contribuir para a efetivação do direito à educação, incentivando a participação desse grupo social historicamente discriminado.