Analisando historicamente a humanidade, percebemos que ela não tem cuidado bem do planeta, nem dos seres que nele vivem. Isso, porque a interação entre os seres humanos e o meio ambiente excedeu a questão da simples sobrevivência. A sociedade atual exige que os indivíduos possuam um conhecimento que lhes atribua á capacidade de se posicionarem de forma crítica, em relação a uma diversidade de questões que exigem conhecimento científico. Assim, a escola é considerada um meio de propagação de conhecimento, agregando a esta à tarefa de proporcionar situações de aprendizagem, a partir da Educação Ambiental (EA), em que os estudantes, reflitam e percebam que preservar o meio ambiente é uma condição necessária e urgente se quisermos continuar a viver neste planeta. A inclusão de pessoas com deficiência, em atividades de EA é, portanto, uma ação que contribui para a socialização dessas pessoas e para a formação de um indivíduo com valores sociais, conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a consciência do ambiente em que vivem. Neste sentido, o presente trabalho apresenta uma proposta de Unidade Didática desenvolvida no Ensino Fundamental de uma escola pública estadual, no qual buscou-se responder à questão: Como desenvolver atividades escolares de educação ambiental com estudantes surdos? O projeto em questão tem como objetivo promover a participação individual e coletiva em prol do fortalecimento da consciência crítica sobre a dimensão socioambiental nos estudantes surdos, considerando o tema Aedes aegypti – vamos combater. Deste modo, foi planejado e executado atividades de educação ambiental no âmbito escolar com uma metodologia voltada ao atendimento das necessidades especiais dos estudantes surdos, buscando estimular a mobilização social e política, na busca por uma consciência crítica e reflexiva dos estudantes envolvidos sobre a dimensão socioambiental.