Este artigo tem como finalidade problematizar a relação de integração/multiplicidade dos espaços urbanos e os ambientes campesinos sob o alhures do ensino de história, tendo em vista que o enfoque será norteado pelos resultados de uma pesquisa de iniciação científica, cota 2015-2016. Diante desta proposição, definimos que o saber histórico tem por função visceral a criação semelhanças e a tessitura de divergências, a partir dos diferentes aparatos/objetos de estudo. Partindo deste pressuposto, inferimos que o ensino de história tem como primordial função: a formação e a consolidação das identidades, tanto para a subjetividade dos alunos como para o reconhecimento das diferenças perante o corpo social. Partindo da referente enunciação, conjeturamos sobre a necessidade de existir uma prática de abordagem diretamente voltada para o ensino do campo em consonância com as peculiaridades deste espaço, quase antinômicas aos centros urbanos. Assim, guiados por um estudo de caso, acerca da relação entre ensino de história e uma realidade campesina na instituição Francisca Martiniano da Rocha – Lagoa Seca (PB) – buscaremos refletir sobre a inclusão espacial no ensino de história e como os discentes enxergam-se a partir desta proposição. Dito isto, basear-nos-emos teoricamente em autores como Bourdieu (2008; 2007); Lefebvre (1986); Gramsci (1987); dentre outros autores, que instrumentalizarão nossa problemática; metodologicamente guiar-nos-emos por um exercício de revisão bibliográfica, juntamente, a um enfoque na história oral. Por conseguinte, inferimos que esta discussão apresenta validade por problematizar os saberes construídos na cidade direcionados aos discentes camponeses e, assim, abnegando as riquezas e as peculiaridades existentes no campo.