No Brasil, as questões relacionadas à orientação sexual foram materializadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais, na forma de tema transversal a ser desenvolvido por todas as disciplinas e em atividades pedagógicas da escola. As discriminações de gênero e por orientação sexual, como também as práticas homofóbicas, se (re)produzem em cenários da vida social brasileira e, infelizmente, a escola, constitui um deles. Nesse trabalho, apresentamos resultados de uma pesquisa proposta que teve como objetivo perscrutar o posicionamento discursivo de professores(as) de escolas públicas do município de Itapororoca-PB, Estado da Paraíba, mediante episódios que evidenciam a necessidade de adotar posturas políticas voltadas para o Educar na Diversidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com procedimentos etnográficos, subsidiada à luz da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006) e da Análise do discurso francesa (ORLANDI, 2003), e em teorizações foucaultianas (1988) e teorizações sociais (LOURO, 1997; BAUMAN, 2000). As materialidades linguísticas geradas por meio dos questionários e e rodas de conversa, procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa, foram analisadas a partir das categorias teóricas da Análise de Discurso, tais como memória discursiva, interdiscurso, formação discursiva e de pressupostos da produção de conhecimentos voltada para o estudo da linguagem. As análises das narrativas dos(as) professores(as) participantes da investigação demonstraram a necessidade de ações que possibilitem o con(viver) com a pluralidade cultural, em especial com as temáticas relacionadas à diversidade sexual na escola. Para os(as) professores(as), dentre as dificuldades em lidar com essas questões no cotidiano da escola, encontram-se: falta de um conhecimento mais aprofundado sobre a temática, os conflitos de percepção e a escassez de tempo para um diálogo mais efetivo com o aluno