A dificuldade de aprendizagem resulta de inúmeros fatores intrínsecos e/ou extrínsecos, interferindo em diversas atividades realizadas pelo sujeito. Especificamente, a dificuldade de leitura irá interferir diretamente no aprendizado do indivíduo, sejam conteúdos escolares ou não, uma vez que a leitura se configura como base de tantas outras aprendizagens ao decorrer da nossa vida. Todavia, a Psicopedagogia, campo do conhecimento que possui como objeto de estudo a aprendizagem e as dificuldades surgidas neste processo, visa minimizar os prejuízos causados pela dificuldade apresentada pelo indivíduo. Através da avaliação psicopedagógica, é possível identificar a dificuldade apresentada pelo sujeito objetivando posteriormente propor meios para intervenção no problema encontrado. Diante desta problemática, o presente artigo objetiva, de modo geral, expor e discutir o processo de avaliação realizado em um menor em atendimento no Centro de Atendimento Psicopedagógico: Clínica-Escola/UFPB, contando com a escrita e discussão de cada etapa desse processo e a tomada de decisão ao final da avaliação psicopedagógica realizada. A metodologia utilizada se configura como um estudo de caso, apresentando como amostra um menor, L.C.S.M., 10 anos, sexo masculino, cursando o 3º Ano do Ensino Fundamental – I Ciclo, com a demanda de dificuldade de leitura. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista Contratual, Anamnese, EOCA, TCLPP, PROLEC, LPI e Entrevista Devolutiva. Ao final da avaliação, foi levantada a hipótese de dificuldade específica de leitura, necessitando de consulta neurológica para confirmação ou rejeição da hipótese elaborada. Neste sentido, conclui-se a importância do trabalho psicopedagógico visando a detecção da dificuldade e posterior intervenção para superação das dificuldades apresentadas pela referida criança.