O direito público subjetivo à educação no Brasil encontra respaldo no plano formal, mas ainda enfrenta limites quanto à sua incorporação nas práticas sociais escolares. Barreiras arquitetônicas, comunicacionais e, sobretudo, atitudinais causam prejuízos em relação ao acesso e permanência, com apropriação dos vários saberes escolares, por parte do coletivo dos sujeitos em situação de deficiência. Nesse contexto de transição do modelo escolar excludente para o modelo escolar includente, a análise da dimensão subjetiva da educação, especificamente, das barreiras atitudinais, assume posição preocupante, o que justifica a pesquisa sobre a concepção de deficiência enquanto construção social, sobretudo porque, é um contraponto às concepções que fundamentam ações pedagógicas classificatórias. Tal análise foi feita sob perspectivas teóricas de autores como Longman (2002), Mota Rocha (2002), Charlot (2000), Poulin (2010), Adorno (1986), Kramer (1999), Arroyo (2008), Veras (2007), Figueiredo (2002), Vigotski (1997) e Carneiro (2007). Os estudos relacionados à temática assinalam que a compreensão da deficiência enquanto construção social possibilita a eliminação de práticas discriminatórias mediante pedagogias críticas. Nossa discussão aponta para a necessidade de conscientização da sociedade quanto aos processos de desestigmatização, para a contribuição da escola e dos educadores enquanto agentes sociais de construção do modelo escolar includente. A pesquisa tem como valor social, a produção de conhecimentos relacionados à mediação docente enquanto estratégia social, política, afetiva, emocional e cultural num Paradigma Competencial de ensino, numa perspectiva de humanização e pertencimento pela condição de sujeitos de direito, a ser assumida pelos indivíduos em situação de deficiência.