Apesar das discussões sobre a inclusão escolar já durarem a algum tempo, poucas pesquisas foram feitas na área do Ensino de Química e, consequentemente, poucas metodologias e materiais foram desenvolvidos. Ante o exposto o objetivo do presente trabalho foi avaliar o uso de modelos moleculares adaptados para deficientes visuais em uma escola estadual localizada na cidade de Areia - PB. O público alvo se compunha de vinte e dois alunos do 1º ano C da escola supracitada. Foi confeccionada, inicialmente, uma tabela que relacionava uma textura específica com um elemento químico e a partir dessas texturas foram elaboradas moléculas. Na sequência foi explicado, aos alunos, como seria realizada a intervenção; em seguida, ocorreu um debate e todos os envolvidos participaram, respondendo questões sobre a deficiência visual; na terceira etapa cinco alunos foram sorteados e tiveram seus olhos vendados com a finalidade de supor que fossem deficientes visuais e teriam que descobrir a molécula que estavam tocando através apenas da textura dos elementos que as compunham; na última etapa foi à vez do segundo debate envolvendo todos os alunos, que responderam questões que abordavam o uso dos modelos moleculares adaptados para deficientes visuais; para os alunos que participaram da intervenção foram acrescidas duas perguntas específicas relacionadas a essa participação. Ante os resultados obtidos a partir da utilização dos modelos moleculares adaptados para deficientes visuais, notou-se que é possível desenvolver atividades, ou aulas, tendo como fundamentação o ensino inclusivo, de vez que todos os alunos participantes da pesquisa afirmam que o recurso didático utilizado foi capaz de auxiliar sua aprendizagem.