Atualmente muito se fala sobre alfabetização e letramento, no entanto considera-se uma pessoa alfabetizada aquela que aprende a ler e escrever sendo necessário que esta decodifique o que lê interprete e escreva utilizando coerência. Diante disto o estudo em tela justifica-se pelo fato do professor considerar o aluno letrado dentro dos muros escolares aquele que lê, decodifica e escreve nas normas ortográficas sendo que há uma inexistência de concepção da vida social e suas interações por parte deste sujeito. No entanto o letramento, visto como práticas sociais de uso da leitura e escrita na Linguística Aplicada (LA) preocupam-se em compreender como os sujeitos interagem em seu contexto social fortalecendo o letramento. Diante disto questionamos se os professores compreendem que alunos alfabetizados podem ser considerados como letrados? Qual a prática pedagógica utilizadas pelos professores que viabilizam o letramento dos seus alunos? Como os alunos utilizam da leitura e da escrita em seu cotidiano fora dos muros escolares? Partindo destes questionamentos este estudo vem compreender em uma escola pública municipal se os alunos considerados alfabetizados e não letrados pelos professores do Ensino Fundamental especificamente do 6º ano são letrados e como estes alunos utilizam da leitura e escrita na vida cotidiana. Foi utilizada observação in loco para compreender como se dá a prática de letramento dentro dos bancos escolares, para tanto participaram desta amostra dois professores do 6º ano do ensino fundamental em uma escola pública municipal.