Sabe-se que a lei assegura uma educação inclusiva assim como igualdade de condições de acesso e permanência no ensino regular. A escola tem um papel importante em adequar-se as necessidades do aluno, ainda mais devido ao crescimento na demanda de alunos com necessidades educacionais especial nessas instituições. Esses alunos podem encontrar obstáculos de diversas ordens, sendo que uma delas é a falta de materiais adaptados. Esse relato de experiência tem o objetivo de expor atividades desenvolvidas na perspectiva da inclusão de alunos com necessidade educacionais especiais (NEE). O público alvo foram alunos do 7°, 8° e 9° anos da EEEFMP Antônia Rangel de Farias, localizada em João Pessoa. As atividades práticas desenvolvidas foram divididas em: jogo lúdico sobre “Cadeia e teia alimentar”, oficina pedagógica “Montagem da molécula de DNA” e atividade prática “Reações químicas”, respectivamente. No desenvolvimento do jogo lúdico, utilizaram-se placas de papel canson nomeadas com seres vivos. Para a execução da oficina, utilizou-se materiais de baixo custo; cola e papel colorido recortados em diversas formas geométricas. Na atividade prática utilizaram-se materiais de fácil acesso: ácido etanoico (vinagre); peróxido de hidrogênio (água oxigenada) a 10%; comprimidos de permanganato de potássio. Durante a execução das atividades, percebeu-se uma maior interação aluno-aluno, aluno-professor, assim como percebeu-se a compreensão dos conteúdos vistos anteriormente de forma teórica. Antes visto apenas como alunos passivos, sem muita participação durante as aulas, nas atividades lúdicas os alunos com NEE tornaram-se ativos e participativos, contribuindo em todo momento no processo de ensino aprendizagem. Vale ressaltar, inclusive, que após o término da montagem e colagem dos nucleotídeos, na oficina pedagógica, foram os alunos com DI que se indicaram para colar a ilustração da molécula de DNA na parede da escola. Assumindo uma postura crítica-construtiva, a interprete de libras de um dos alunos participantes relatou que através das atividades lúdicas é possível dar sentido a conteúdos antes visto na teoria, mas, que não existe linguagem de sinais para determinadas palavras, dificultando a compreensão por parte dos alunos com DA. As atividades lúdicas representam estratégias metodológicas enriquecedoras e com grande potencial de contribuir para uma aprendizagem efetiva. Apesar de serem desenvolvidas buscando atender o alunado com DI e DA, podem e devem ser usados com alunos sem nenhuma NEE, visando assim respeitar o propósito da inclusão escolar que tem por objetivo a igualdade de oportunidade educacionais independente das limitações.