As políticas de inclusão social e escolar no Brasil têm se consolidado a partir da última década do século passado, com o reconhecimento e o comprometimento do Estado quanto às metas apresentadas na Declaração Mundial de Educação para Todos, em Jomtien (1990), e ratificadas pela Declaração de Guatemala (1999) e Dakar (2000). Em 2003, o Presidente da República sancionou a Lei 10.639 que altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases, 1996) e institui a obrigatoriedade no ensino fundamental e médio, público e particular, do ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. Assim o objetivo deste trabalho é avaliar como está se constituindo o processo de implementação das Leis Federais de n0 10.639/03 e 11.645/08, em uma escola do sistema público estadual de educação, na cidade de Areia/PB, relacionando, especificamente o ensino da História da África e cultura Afro-brasileira. A metodologia utilizada foi o questionário, estes foram aplicados a 185 alunos do ensino médio. Os resultados e discussão baseiam nas categorias sobre religião, preconceito, frequência que professores desenvolve atividades etnicorraciais e afro-descendentes, quais são as temáticas e os conteúdos mais trabalhados em sala de aula, entre outros. Conclui-se que apesar da implementação das Leis Federais de n0 10.639/03 e 11.645/08, há mais de uma década, muitos professores ainda estão limitados a trabalhar e discutir as temáticas supracitadas, na maioria das vezes, somente no Dia da Consciência Negra e quando o conteúdo está inserido no currículo escolar, a temática principal é a escravidão do povo africano, sem ampliar o estudo crítico sobre as questões étnicorraciais.