O PNE para as décadas de 2014 a 2024, aprovado pela lei no. 13.005 de 25/06/2014 traz para os cursos de licenciatura em química no Brasil uma demanda premente de solução: a formação de professores para educação inclusiva. Neste contexto, o ensino de alunos cegos representa um desafio especial para os professores de química, pois muitos dos conceitos são ensinados por meio de representações, figuras e experimentos de laboratório. Com intuito de conhecer o estado da arte, quanto ao desenvolvimento de estratégias inovadoras para o ensino de química, visando atender alunos com deficiência visual, realizou-se uma revisão das publicações no periódico Journal of Chemical Education, da American Chemical Society com as palavras-chave: visually impaired students; blind; visual impairment. Totalizaram-se 61 publicações, a primeira em 1972, com resultados que apresentam um leque de possibilidades para atividades em aulas de química, especificamente para este público alvo. Ressaltam-se que algumas adaptações de materiais de laboratório empregam dispositivos e interfaces eletrônicas, mas muitas outras utilizam materiais de baixo custo e construções simples, portanto, perfeitamente possíveis de serem executadas nas condições de infra-estrutura das escolas públicas brasileiras. No presente trabalho são apresentadas algumas opções de ferramentas didáticas para aulas de química que viabilizem a participação do alunato com deficiência visual tanto em atividades em aulas teóricas expositivas como na execução de experimentos no laboratório de química. Conclui-se, que a participação do aluno cego é factível de várias formas em aulas teóricas práticas de química, o que possibilitará o êxito na educação inclusiva desta disciplina.