Esta pesquisa foi realizada pelo interesse de observar na prática se o atendimento educacional especializado oferece um conjunto de atividades pedagógicas institucionalmente, podendo completar ou suplementar a formação dos alunos com o espectro autista no ensino regular, também foi observado se a educação especial nesta escola é uma modalidade transversal. Sabemos que apesar das reorganizações efetivadas ao longo dos anos, a educação especial vem progredindo parcialmente com relação à implementação de políticas públicas. Sua efetivação é feita de forma processual, pois nem todas as escolas atendem as necessidades das pessoas com deficiência. Dessa forma, buscou-se observar na elaboração da pesquisa, uma prática efetiva da educação inclusiva na Escola Santa Maria, através de seu atendimento especializado com a sala de recursos multifuncionais, que atende todas as especificidades de maneira igualitária, a fim de promover o desenvolvimento escolar, social e cultural do aluno. Além disso, buscamos identificar os critérios adotados para organização do sistema educacional inclusivo na instituição e possíveis interferências que podem ocorrer de acordo com a realidade escolar da rede pública de ensino. Sendo assim, o trabalho procura avaliar se as atividades pedagógicas para os alunos com o espectro autista que a escola realiza na sala de recursos, atendem todas as necessidades dessas crianças matriculadas, baseadas nas diretrizes da política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Ou seja, é observado se a escola realmente opõe-se a exclusão, ou se a mesma, utiliza meios de acessibilidade e inclusão tanto na estrutura, quanto no processo de ensino-aprendizagem, com a finalidade de promover a formação autônoma do aluno dentro e fora do âmbito escolar. Nesta pesquisa, o instrumento utilizado para colher os dados foi um caderno e lápis e os métodos foram entrevistas e observações. Esta entrevista durou 1 hora e 30 minutos.