As políticas de saúde e educação no Brasil têm sofrido, desde a década de 1990, tensões entre as propostas da Reforma Sanitária e as propostas do Neoliberalismo. O fortalecimento do ideário neoliberal favorece o descumprimento de direitos assegurados na Carta Magna. Quanto às discussões sobre educação em saúde, boa parte da população remete a cuidados sobre a prevenção com as doenças individuais (higiene, doenças sexualmente transmissíveis, campanhas de vacinas, entre outros). Mas, a educação em saúde objetiva conduzir sujeitos à compreensão de que fatores coletivos são os responsáveis pelo adoecimento da população. Isso pode possibilitar uma discussão em busca da solução dos problemas e mobilizar os envolvidos a reivindicarem seus direitos. Diante disso, é relevante o desenvolvimento de atividades educativas na sensibilização de gestores, profissionais e usuários nos serviços de saúde no intuito de potencializar espaços mais democráticos e fortalecer a luta contra o contexto árido dos direitos sociais e trabalhistas. Portanto, é viável discutir as práticas educativas elaboradas e/ou executadas por assistentes sociais em busca da promoção à saúde. Para tanto, o presente artigo objetiva expor a atividade educativa desenvolvida por estagiárias do setor de Serviço Social no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) de Campina Grande, durante o Estágio Supervisionado Obrigatório em Serviço Social da Universidade Estadual da Paraíba. Para a metodologia desse trabalho, utilizamos a prática educativa pautada em rodas de conversas com acompanhantes da Pediatria, da Oncologia Pediátrica e da UTI Infantil do HUAC sobre temas relacionados ao SUS e aos direitos dos usuários, entre os meses de outubro e dezembro de 2014. No total, foram desenvolvidos dezesseis encontros, propondo ao público alvo possibilidade de maior acesso às informações e auxílio na inclusão deste em serviços ao qual possui direito. Observamos as atividades realizadas, bem como registramos em diário de campo.