Este artigo se trata de uma pesquisa que poderá contribuir para as discussões no campo da educação não formal, pois tem a pretensão de analisar o processo educativo no que concerne às possibilidades didático-pedagógicas de atuação dos pedagogos em espaços não escolares. Objetiva, para tanto, compreender como vêm se construindo os saberes que se situam para além dos muros escolares, buscando fundamentação teórica em autores que tratam da educação informal, formal e não formal, como Gohn (2010), Park, Ferandes e Carnicel (2007) e Trilla e Ghanem (2008). Defende-se, a partir da afirmação de Libâneo (2010) de que o pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, que a formação se constitui de saberes e das práticas pedagógicas apontadas por Veiga (1994), partindo do pressuposto de que as práticas pedagógicas não significam receitas prontas e acabadas, mas envolvem dimensões relacionadas à rotina, ao habitus e à formação do professor, observando-se o contexto de complexidade e diversidade no qual se inserem. Esta pesquisa de cunho qualitativo (BIKLEN; BOGDAN, 1994) apoia-se na abordagem etnometodológica (COULON, 1995), corrente sociológica que investiga a forma como os sujeitos constroem seu mundo. As discussões apresentadas nesta pesquisa são contribuições que objetivam ressaltar a importância do papel das ações desenvolvidas em espaços não formais educativos e do reconhecimento do trabalho pedagógico significativo do pedagogo. Elas contribuem para a produção do conhecimento e a divulgação dos saberes desenvolvidos pelo trabalho, uma vez que o campo da educação não formal encontra-se em construção do seu conceito.