O presente artigo traz um relato de experiência, vivenciado em uma Escola Pública Federal do Rio de Janeiro, que atualmente discute o processo de inclusão de alunos com defasagem série/idade, com vistas à necessidade de dar voz aos agentes incluídos. A proposta do trabalho visa compreender as representações que esses alunos tiveram sobre si mesmos ao se inserirem em uma turma de inclusão, cuja metodologia de ensino era diferenciada, e, verificar se essas mesmas representações permaneceram após um ano de trabalho desenvolvido. O acesso aos dados deu-se através de relatos de atividade feita em sala de aula, cujo nome intitulou-se “representação por metáfora”. Observamos através dos resultados que há um distanciamento entre o “que eu penso sobre um aluno que é reprovado e como ele se vê”. Vimos que a sensação de autoestima interfere em situações de aprendizagem e no convívio harmonioso em sala de aula, podendo alavancar o desejo de enfrentar situações marginais. Sinalizaram a possibilidade que os educadores têm de ajudá-los a transformar uma realidade de insucesso escolar e contribuir para uma formação inclusiva de melhor qualidade.