Com objetivo de identificar quais vivências relacionadas ao meio ambiente têm sido experimentadas pelos professores/as em suas comunidades e como elas/es as descrevem à luz da Educação Ambiental a partir da escritura de cartas destinadas ao planeta Terra, trilhamos os caminhos dessa pesquisa qualitativa, com enfoque no método descritivo analítico com a colaboração de alunos/as do 8º período do Curso de Pedagogia do Plano Nacional de Formação de Professor da Educação Básica - PARFOR da Universidade Federal do Piauí no Campus Senador Petrônio Portela em Teresina-PI. Os achados do estudo foram organizados em categorias nomeadas: ações-clamores, ações-temores e compromissos-atitudes. Analisando-as, apreendemos as atuações desses professores/as que se distanciam de uma consciência planetária, logo, pontuamos que há necessidade de investimentos numa formação ambiental, ao tempo que inferimos que a disciplina Ecopedagogia pode ser o passaporte para que esses discentes que são ao mesmo tempo professores/as de crianças e vivem em suas comunidades, possam se reconhecer parte viva da Terra e como tal desempenharem papeis sociais em que tenham lugar a mudança de atitudes em relação as suas vivências na/com a natureza. Verificamos uma urgência do grupo pesquisado em assumir novas posturas, mas sem uma visão do que é possível realizar no seu lugar e como parte do cosmo. Esse distanciamento entre a pessoa e o mundo alerta-nos para dificuldades na emancipação ambiental desses interlocutores/as. Julgamos ser imprescindível o reconhecimento de cada um/a como parte indivisível do todo, pois advogamos que o sentimento de pertença estimula atitudes de conservação da natureza.