Neste artigo discutiremos questões relativas às avaliações externas e suas dificuldades em relação à multiplicidade dos alunos e dos diversos contextos das escolas. A partir da articulação com as falas de coordenadores pedagógicos da rede municipal do Rio de Janeiro, que concederam entrevistas para o grupo de pesquisa “Currículo, Formação e Educação em Direitos Humanos - GCEDH”. Nosso objetivo é compreender a avaliação como produção de política curricular no município do Rio de Janeiro, estabelecendo diálogo com Ball (2006) que nos ajuda a pensar sobre o processo ciclíco das políticas educacionais atuais e Bhabha (2001), que propicia a discussão com a questão da diferença. A partir disto, ao longo do texto contextualizamos os binarismos existentes na disputa pela significação da avaliação, proporcionando elementos e indagações que permitam refletir sobre as práticas avaliativas e suas implicações no saber-fazer do professor, e como isso implica na dinâmica da sala de aula e no movimento das próprias políticas de avaliação externa.