A gênese da avaliação diz respeito aos tempos passados, com diferentes momentos, autores, contextos e funções. No cenário de avaliações, provas e instrumentos avaliativos, eis que surge a avaliação externa em larga escala no sistema educacional. Também chamada de sistemática, ela se manifesta em amostral e censitária e se refere a uma rede de ensino participante da prova. No estado do Ceará, temos o Spaece como modelo dessa avaliação. Essa pesquisa pretende identificar a gênese da avaliação, situando a avaliação externa em larga escala e o seu atravessamento no cotidiano escolar brasileiro e cearense nos anos iniciais do ensino fundamental. A aplicação da avaliação, o monitoramento educacional, o acompanhamento pedagógico, a análise dos resultados, os planos de intervenções e o Prêmio Escola Nota 10 estão entre os pontos mais comuns e difundidos no referido contexto educacional. Sendo assim, esse estudo é constituído pela pesquisa bibliográfica e documental, considerando uma leitura do compasso informativo reflexivo, detalhando terminologias, espaço cronológico, conceitos, reflexões e dados coletados acerca da temática abordada. As considerações finais denotam nos resultados alcançados que a prova externa em larga escala, especificamente o Spaece-Alfa, consolida uma política de prestação de contas e gerencialismo da educação, em que o estado capitalista, usa a pseudopolítica de incentivo a educação e mensuração do nível de alfabetização dos alunos, para disfarçadamente gerenciar o processo de aprendizagem, o conduzindo mecanicamente a uma proficiência numérica ao ser submetido a um teste externo com base em recorte da matriz curricular e avaliado pela teoria de resposta ao item-TRI. Dessa forma, na trajetória de investigação, encontramos a pedagogia do exame, presente na prova externa em grande escala, em contraponto à pedagogia da avaliação, presente na caminhada educacional dos alunos. Uma dualidade entre a competição na proficiência dos indicadores educacionais e a democratização no processo.