Este estudo analisa criticamente as políticas públicas de apoio à Iniciação Científica Júnior (ICJ) no Brasil, enfocando sua implementação em diferentes instituições de ensino e pesquisa. Utilizando dados do "Painel de Fomento em Ciência, Tecnologia e Inovação do CNPq" de 2017 a 2023, explorou-se a distribuição geográfica, temporal e institucional dos investimentos e programas, avaliando o impacto destas iniciativas. A metodologia incluiu a análise de dados de 40.531 entradas através do software Tableau Public 2024.1 para visualizações interativas e Google Sheets para tratamento preliminar dos dados. Foi observada a predominância de Instituições de Ensino Superior na recepção dos recursos, com destaque para o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que juntos receberam investimentos significativos devido à sua participação central em iniciativas como as Olimpíadas de Conhecimento.Os resultados apontam para uma concentração de investimentos em poucas instituições, sugerindo uma desigualdade na distribuição dos recursos entre as diversas regiões do Brasil. O Sudeste destacou-se recebendo o maior volume de investimentos, enquanto outras regiões, como Norte e Centro-Oeste, mostraram menor participação. Além disso, apesar do aumento dos investimentos em 2023, notou-se uma redução no número de instituições beneficiadas, indicando uma centralização dos recursos em instituições com infraestruturas já estabelecidas. Como conclusão, destacamos a necessidade de políticas públicas que promovam uma maior equidade e expansão dos programas de ICJ para incluir uma gama mais ampla de instituições, especialmente aquelas fora dos grandes centros urbanos.