O estudo argumenta a tese do corpo brincante de Antônio Nóbrega como fenômeno educativo. A metodologia adotada é a fenomenologia de Merleau-Ponty, na qual realiza uma interpretação perceptiva relacionada aos símbolos, imagens, emoções, palavras, cores, tons e narrativas do personagem Tonheta que configuram determinadas cenas do Brincante - o filme, tecendo algumas interfaces educativas do corpo brincante, do riso e da linguagem. À guisa de conclusão, a vivência do riso, através da apreciação fílmica, revela-se como possibilidade de sermos corpos brincantes, suscitando formas estesiológicas de experimentação de algumas expressões da cultura brasileira, fornecendo-nos novas pistas para uma educação mais sensível por meio do movimento do olhar, do sentir, contactando mais com a dança, a poesia, a festividade e a criatividade, aproximando-nos dos saberes ancestrais da cultura tradicional brasileira que preza mais o ser que o ter, a alegria que a tristeza, o social que o individual.