A formação de leitores competentes durante o processo de alfabetização é um desafio multifacetado que requer uma compreensão profunda do sistema alfabético e suas práticas sociais. A leitura, sob a perspectiva interacionista, é um processo altamente ativo que exige do leitor competências linguísticas e socioculturais para a construção de sentido a partir de um texto. Nesse contexto, acredita-se que a leitura não se limita à decodificação de um código linguístico, mas é uma ação social que ganha significado a partir das experiências, concepções e interpretações do leitor. No entanto, o domínio do código, possibilitado por uma alfabetização voltada para o letramento, é fundamental para a compreensão e interpretação do texto. O letramento vai além da habilidade de ler e escrever, envolvendo também a capacidade de compreender, analisar e criticar, permitindo ao indivíduo participar ativamente da sociedade e do seu próprio processo de aprendizagem. Com base nessa premissa, este trabalho discute, a partir de uma análise bibliográfica de estudos publicados nos anais do CONEDU, a importância da formação de leitores críticos no processo de alfabetização, destacando a necessidade de práticas pedagógicas significativas e prazerosas que promovam a aprendizagem e o desenvolvimento linguístico do aluno em relação à leitura. Considerando os postulados da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento orientador da educação nacional, pretende-se ampliar a discussão sobre os conhecimentos e habilidades relacionados à formação de leitores, enfatizando que a alfabetização deve se concentrar na compreensão da leitura e na produção escrita. Para embasar e fundamentar este estudo, recorremos a autores como Mortatti, Soares e Gontijo, que destacam a importância de ressignificar as práticas de leitura na formação de alunos-leitores, considerando as necessidades contemporâneas.