Visto que a diversidade no ambiente escolar é propícia a necessidades educacionais específicas, cabe aos professores no planejamento da sua prática pedagógica fornecer múltiplas formas para a promoção de uma aprendizagem equitativa. Dito isto, como o professor de Matemática pode pensar a acessibilidade à escrita e leitura de um estudante cego ou com baixa visão? Na perspectiva das práticas escolares inclusivas, este estudo ilustra a partir do campo interdisciplinar da Tecnologia Assistiva (TA) a funcionalidade de programas na transcrição de textos matemáticos e gráficos em tinta para a escrita em braille como recurso para acessibilidade de estudantes com cegueira ou baixa visão em cenários de aulas de Matemática na educação básica. Destarte, como os recursos de TA, a exemplo, os programas Braille Fácil e Monet, podem ser eficazmente empregados na transcrição de textos matemáticos e gráficos em tinta para a escrita em braille? Para tanto, o percurso metodológico da pesquisa é de abordagem qualitativa e procedimento bibliográfico, com finalidade descritiva. Como resultados, orientados pelo componente curricular de Matemática proposto pela Base Nacional Comum Curricular, foram editados alguns enunciados matemáticos, com alguns aspectos necessários para a codificação matemática em braille, e apresentado a extensão do programa Monet para criação de gráficos em codificação braille. Contudo, podemos verificar que os recursos de TA, Braille Fácil e Monet, tornam-se essenciais para proporcionar a acessibilidade nas aulas de Matemática, permitindo que os professores sem/com o conhecimento em transcrição em braille utilizem os programas para disponibilizar as atividades escolares de forma acessível.