Nos primeiros anos de vida, a criança experimenta um notável desenvolvimento motor, influenciado por diversos fatores, destacando-se as condições socioculturais que moldam seu progresso individual e fornecem o contexto para experiências motoras, sejam elas estruturadas ou espontâneas. A fase inicial da infância, objeto deste estudo, representa o ápice desse processo evolutivo, caracterizada pela receptividade da criança à estimulação e aprendizado de habilidades sensório-motoras. Nesse cenário, o design emerge como um mediador e gerador de soluções, convergindo conhecimentos e produzindo materiais. Diante da relevância da avaliação psicomotora infantil e da necessidade de identificar o estágio de desenvolvimento, é imperativo criar instrumentos eficientes e confiáveis. O presente estudo tem como objetivo analisar consensos sobre o desenvolvimento da motricidade fina infantil, com base em Serrano e Luque, 2020; Montessori, 2021; Oliveira, 2002; Liddle e Yorke, 2007; Kurtz, 2008; Fonseca, 2008; Neaum, 2010, entre outros, visando extrair recomendações práticas aplicáveis a projetos direcionados a educadores, pais, responsáveis e demais profissionais que lidam com crianças. A proposta de capítulo visa, assim, orientar a promoção do design e o aprimoramento de produtos destinados a estimular a motricidade manual de crianças na primeira infância (0 a 6 anos), conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde (2022). Ao concentrar-se na síntese de conhecimentos consensuais, o estudo busca oferecer diretrizes práticas que possam informar efetivamente o desenvolvimento de intervenções e materiais voltados para a potencialização do desenvolvimento motor infantil.