A inclusão da Pessoa com Deficiência é um tema que vem sendo recorrentemente abordado e amplamente discutido nas sociedades democráticas contemporâneas. Tais discussões fazem-se presentes nas escolas, universidades entre outros espaços, sendo indispensáveis para a consolidação de uma sociedade equitativa. Torna-se plausível mencionar que o passo seguinte, cujo intuito é findar a negação de direitos fundamentais à vida humana, é estabelecer um diálogo interseccional a respeito da deficiência a outros marcadores da identidade humana, tendo em vista que esta premissa nos permite olhar para as múltiplas camadas que constituem um sujeito, às quais podem tornar-lhes mais vulneráveis diante de uma sociedade estruturalmente corponormativa, patriarcal e colonialista. Diante disso, essa pesquisa tem a finalidade de analisar artigos científicos brasileiros que discutam a deficiência sob o prisma da interseccionalidade. Como metodologia, adotamos no contexto deste trabalho, uma abordagem qualitativa, por meio de estudo exploratório e bibliográfico, cujo teor é a análise de 2 periódicos identificados na Revista Brasileira de Educação Especial e Revista Educação Especial sem recorte temporal. Os resultados indicaram que no contexto da pesquisa científica brasileira as produções que abordam a deficiência à luz da interseccionalidade, se apresentam em um movimento embrionário/gradativo, sendo necessário que a academia e os pesquisadores se debrucem e invistam em mais produções nesta vertente.