O processo de inclusão social e educacional é um paradigma e um direito de todos. Nesse sentido o presente estudo busca relatar sobre o processo de exclusão-inclusão de crianças indígenas venezuelanas da etnia Warao, no contexto escolar. Os registros oficiais apontam que desde 2014 diversas famílias venezuelanas vivem no município de João Pessoa-PB, muitas se deslocaram para a cidade interessadas, sobretudo, no acesso aos direitos básicos. Os resultados preliminares revelam que embora a legislação da educação e os documentos oficiais assegurem o direito dessas crianças a serem matriculadas nas instituições públicas, não são suficientes para que se efetive concretamente uma inclusão que respeite sua cultura, seu idioma e suas tradições brincantes. Sendo assim, com base nas concepções de Zoia (2010), Egas (2020), dentre outros autores que desenvolvem estudos e pesquisas em relação a esta temática. A garantia de acesso à educação é um dos valiosos instrumentos para a inclusão dessa população refugiada, pois possibilita a inserção social nos vários aspectos da vida, visto que ao ser negada a educação, consequentemente, a omissão de todos os outros direitos também serão negligenciados. Compreendemos que a escola é um espaço social que promove o desenvolvimento integral das crianças, caminha ao encontro da diversidade e da particularidade de cada indivíduo, observando os problemas e os desafios sob diferentes óticas, de forma a proporcionar experiências brincantes, tendo a brincadeira como um recurso pedagógico que promove a inclusão. Sendo assim, a ludicidade oportuniza e desenvolve as potencialidades cognitiva, motora, afetiva e social de todas as crianças. Desse modo, esta pesquisa qualitativa exploratória se justifica pelo processo de inclusão das crianças indígenas Warao estarem em evidência na educação infantil, na perspectiva de uma educação inclusiva que valorize e respeite as diferentes culturas.