Restrições não são novidade para pessoas com deficiência visual. Apesar da inexistência de uma sentença condenatória, deficientes visuais não conseguem desfrutar da liberdade pela carência de meios acessíveis que os priva de usufruir de diversos serviços, deixando-os à margem da coletividade, contribuindo para a segregação social. Este estudo se propõe a compreender o impacto das ações de acessibilidade integradas na trilha do Complexo Ambiental Mirante do Caldas no Geopark Araripe, com enfoque nas pessoas com deficiência visual. O estudo foi realizado com base em entrevistas concedidas pelo grupo gestor aos meios de comunicação, bem como dados expostos nas mídias sociais do Complexo Ambiental. Como resultado da pesquisa, tem-se que o grupo gestor considerou crucial as adaptações realizadas na trilha, destacando-se o aplicativo “mapeador”, as cordas norteadoras que percorrem o percurso com guizos nas extremidades e as placas informativas em braile como indispensáveis para garantir o acesso de deficientes visuais às riquezas territoriais da Chapada do Araripe. Dado o exposto, foi possível comprovar que os meios de acessibilidade implementados pela trilha do Complexo Ambiental Mirante do Caldas causam notória repercussão no Cariri, principalmente para o público-alvo em questão, ao proporcionar meios alternativos de acesso que se mostram eficazes para a inclusão social. Evidenciando-se, ainda, a importância da iniciativa que vai de encontro com questões restritivas que privam os deficientes visuais da experiência proporcionada pelo Geopark Araripe.