Estudos epidemiológicos demonstram que pessoas diagnosticadas com transtornos do espectro autista apresentam suscetibilidade a episódios de agressividade e agitação que podem ser causadas por uma desorganização sensorial, exigindo uma intervenção imediata. Contudo, qualquer criança ou adolescente, independentemente de ter laudo, pode apresentar por diversos motivos, comportamento de agressividade na escola. Vale ressaltar que essa situação pode ter um curso flutuante, modificando-se rapidamente dependendo da intervenção. Nesta perspectiva, profissionais de diversas áreas como psicólogos, psicopedagogo, fonoaudiólogo, assistente social e enfermeiro devem trabalhar em estreita colaboração com os educadores para adaptar o ambiente de aprendizado, desenvolver planos de suporte comportamental e promover uma abordagem inclusiva e acolhedora na escola. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo descrever e analisar o serviço do enfermeiro -pedagogo que atua nas escolas municipais de Guarabira-PB, em colaboração com a Equipe Técnica da Secretaria de Educação. Utilizamos como metodologia uma abordagem qualitativa, a partir do relato de experiência deste profissional foi possível a identificação e análise de elementos teóricos obtidos nos levantamentos bibliográficos relacionados às técnicas de manejo de crises e promoção da saúde de estudantes com TEA na escola. Os resultados apontaram que a colaboração do enfermeiro-pedagogo junto à equipe multidisciplinar na escola é fundamental para garantir que o aluno no espectro autista receba um suporte efetivo e consistente, minimizando situações de agressividade ou de comportamento de risco. Essa colaboração envolve o compartilhamento de informações, a troca de conhecimentos e experiências com toda comunidade escolar, além do planejamento conjunto de metas e estratégias. As evidências permitiram concluir que há demanda escolar para o trabalho desse profissional, serviço este que é valorizado pela escola.