A Química é uma ciência fundamental e importante para todos. Ela é uma força motriz por trás da humanidade, moldando o mundo de maneiras incontáveis e aprimorando a qualidade de vida. O ensino e aprendizagem de Química por sua vez, envolve algumas nuances que normalmente vão ao encontro dos caminhos percorridos pelo docente e estudante em sala de aula, no tocante aos conteúdos que são apresentados. Durante muito tempo nas práticas de ensino dessa ciência adotou-se uma abordagem tradicional que priorizava apenas a memorização de fórmulas e conceitos, diante disso, muitos esforços são realizados e muitos desafios são/precisam ser enfrentados, principalmente no que tange tornar mais acessível o conhecimento químico, e por isso, atualmente, preconiza-se uma abordagem contextualizada, que na mesma medida tem como objetivo principal aproximar o estudante do conteúdo e promover uma aprendizagem significativa. Ao adotar estratégias que promovam a equidade e a diversidade, a química torna-se uma ferramenta muito relevante para o desenvolvimento pessoal e acadêmico de todos os estudantes. A utilização de recursos e materiais seguindo uma sequência didática diversificada e acessível, é de suma importância para o processo de construção do conhecimento, especialmente quando o estudante apresenta alguma necessidade específica. Diante do exposto, cabe pensarmos sobre a realidade que envolve os estudantes com alguma deficiência, observando-a numa perspectiva da educação inclusiva. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico, com base em artigos publicados na revista Química Nova na Escola (QNESQ) entre 2013 e 2023. Foram encontrados dez estudos, entre os quais quatro relacionados à educação de surdos, cinco à educação de pessoas cegas e um com enfoque em pessoas com Asperger. A análise revelou os desafios enfrentados, porém apontou para diferentes estratégias que os docentes podem adotar na prática do ensino de química, considerando as diferentes realidades apresentadas.