O presente artigo aborda o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em aldeias indígenas, destacando as particularidades e desafios enfrentados em uma Escola Municipal Indígena, localizada na Aldeia Apompu, quilometro (KM 43) na Rodovia transamazônica do município de Itaituba Pará. São discutidos aspectos relacionados a diagnósticos, percepção e estigma do autismo, bem como a importância da inclusão, apoio adequado e trabalho colaborativo. Experiências e iniciativas bem-sucedidas são apresentadas, como também problemáticas na inclusão em sala comum desse estudante público alvo da educação especial no contexto indígena do povo munduruku. O objetivo geral é analisar a interface da Educação Escolar Indígena com a Educação Especial e conhecer o processo de inclusão de aluna autista na Etnia Munduruku a partir da percepção de familiares e atores da comunidade. Para tanto, optou-se por uma pesquisa qualitativa com caráter exploratório para entendimento de como ocorre o processo de inclusão escolar na sociedade indígena, em região da Amazônia Paraense.