A alfabetização da pessoa surda em escolas regulares deve ser vista como um novo paradigma no campo da educação especial e inclusiva, e as marcas linguísticas devem ser vistas como uma forma de evidenciar a consciência de respeito às diferenças. Diante desse cenário, é relevante entender as relações entre políticas públicas, educação e surdez, as quais mostram que a aprendizagem em Libras desde a Educação Infantil potencializa o conhecimento linguístico, a sistematização do saber escolar e a construção e/ou afirmação da identidade/cultura surda, e que, para que ocorra a possibilidade de sua concretização, é necessário o investimento de políticas educacionais inclusivas. Diante disso, a presente pesquisa objetivou entender os elementos necessários para a implementação de políticas educacionais de alfabetização em Libras diante do contexto da educação inclusiva e da educação bilíngue para surdos. Como metodologia, para afirmar o cunho qualitativo, bibliográfico e documental, foi realizada uma revisão de literatura narrativa, cuja coleta de dados se deu a partir de artigos e trabalhos acadêmicos relacionados à área em bases como Scielo e Banco de Teses e Dissertações da Capes. A partir do que foi coletado, verificou-se que, aos poucos, novos conceitos ligados à inclusão da pessoa surda ganharam força de argumento, ao ponto de contribuírem no processo de implementação de políticas educacionais direcionadas à alfabetização em Libras. Assim, percebeu-se também que a formulação e prática de tais políticas vai em direção ao atendimento dos direitos linguísticos e culturais e das necessidades educacionais específicas da pessoa surda, fazendo-a conquistar espaço como qualquer cidadão, dentro de uma cultura e língua próprias.