A política de educação permanente no Sistema Único de Saúde (SUS) refere-se a um conjunto de estratégias e ações destinadas a promover o desenvolvimento contínuo e a capacitação dos profissionais de saúde, visando melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população. Nesse contexto, é indispensável oferecer capacitação para os profissionais de saúde sob a ótica de como lidar com as necessidades específicas e individuais das pessoas com deficiência, garantindo uma abordagem inclusiva e sensível à demanda individual. O objetivo desse trabalho é investigar a capacitação profissional na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD) no Brasil, com vistas a inclusão social. Trata-se de um recorte do projeto de pesquisa multicêntrico “Avaliação da Rede de Cuidados Integral à Pessoa com Deficiência no SUS – REDECIN – Brasil”. Os dados utilizados se referem ao questionário aplicado aos gestores da Atenção Básica (n=254), as respostas foram dispostas do tipo escala de likert: nunca; sim, várias vezes; sim, algumas vezes; sim, apenas uma vez. Os critérios de inclusão foram estabelecidos pela experiência profissional (mínimo de seis meses) e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foi possível perceber que dos 254 respondentes participantes da pesquisa o maior percentual (35,8%) se deteve entre aqueles que afirmaram realizar a capacitação voltada para as pessoas com deficiência algumas vezes, seguido dos gestores que afirmaram realizar várias vezes (26,4%), os que nunca realizaram (19,3%) e por último aqueles que realizaram a capacitação apenas uma vez (18,5%). A capacitação profissional no que envolve o tema de interesse à pessoa com deficiência é impreterível para contribuir na ampliação do conhecimento profissional, quebra de estereótipos e preconceitos, fomentando uma cultura de respeito à diversidade e garantindo o acesso igualitário aos serviços de saúde. Isso resulta em atendimento mais humanizado, possibilita maior efetividade no atendimento e garantia de cuidado efetivo.