O preconceito e a discriminação acompanham historicamente as pessoas com deficiência, impedindo-as de participarem de forma justa e equitativa da sociedade. Nos últimos anos houve a expansão do debate sobre a temática do capacitismo, em que aglutinou nesse termo tanto a questão do julgamento prévio e atos em relação à essa referida parcela da população, quanto seus desdobramentos. Tal concepção reduz a pessoa às suas especificidades, entendendo-as como incapazes. Essa percepção está presente em várias esferas, a exemplo: saúde, educação, mobilidade urbana, lazer, esporte, cultura, trabalho, habitação, relações interpessoais. Com relação à educação, mais especificamente o espaço da escola e da universidade, há inúmeras vivências que invisibilizam estudantes e questionam constantemente suas dificuldades/habilidades. Este estudo tem como objetivo principal analisar de que forma o anticapacitismo pode contribuir na permanência da pessoa com deficiência no contexto escolar e universitário. Utilizou-se como metodologia o levantamento bibliográfico e documental de livros, artigos, produções acadêmicas, plataformas digitais e vivências de alguns dos autores desse estudo que tiveram experiências pessoais e profissionais enquanto pessoas com deficiência nesses âmbitos. Conclui-se que o anticapacitismo colabora de forma eficaz na melhoria das condições do processo de ensino e aprendizagem, do espaço físico, da comunicação, da socialização dos estudantes com deficiência, através de práticas inclusivas, diálogos permanentes, protagonismo e autonomia desses estudantes. Contribuindo, consequentemente, para a expansão desse movimento em direção à sociedade como um todo.