A alfabetização é um marco crucial no desenvolvimento educacional do indivíduo. Atualmente, sabe-se que o método fônico, que enfatiza a conexão entre sons e letras, desempenha um papel significativo nesse processo. Assim, neste estudo busca-se explorar a sua relevância científica na alfabetização à luz dos avanços neurocientíficos. A presente revisão sistemática objetiva investigar a importância do método fônico no desenvolvimento da alfabetização e, especificamente, evidenciar as principais descobertas que embasam a sua relevância no desenvolvimento da leitura e escrita. A revisão sistemática examinou pesquisas nas bases de dados SciELO e Pepsic. Como critério de inclusão, foram reunidos apenas estudos produzidos no Brasil. Desse modo, foram excluídos os estudos sobre a temática que foram produzidos em outros idiomas. Para a busca, utilizaram-se os seguintes descritores: “método fônico” e “alfabetização”. Foram identificados 14 estudos alinhados aos critérios de inclusão. A análise concentrou-se na eficácia do método fônico na promoção da leitura e escrita e as principais descobertas neurocientíficas que o embasam. As evidências neurocientíficas destacam que o método fônico promove uma ativação mais robusta das áreas cerebrais associadas à linguagem, facilitando a compreensão fonêmica e a habilidade de decodificação. Essa abordagem direcionada, está alinhada com os processos naturais de aprendizagem do cérebro. No entanto, ainda observa-se poucos estudos sobre a temática sendo produzidos em contexto brasileiro. Com base nos resultados, conclui-se que a validação neurocientífica do método fônico na alfabetização, respalda a sua eficácia pedagógica. Além disso, a sua prática carrega implicações sociais relevantes para a promoção da equidade educacional. Ao fortalecer as bases da leitura e escrita, o método fônico contribui para a formação de indivíduos mais capacitados linguísticamente, dispondo de maiores oportunidades profissionais e uma participação mais efetiva nas discussões comunitárias e sociais.