BARBOSA, Maria Eduarda Leão et al.. Altas habilidades/superdotação e o bullying. Anais do V CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2024. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/108693>. Acesso em: 05/11/2024 20:02
No Brasil, são escassas as pesquisas sobre Altas Habilidades/Superdotação e Bullying no contexto educacional. A identificação e a intervenção para o desenvolvimento dos estudantes pode ser uma via para o sucesso acadêmico e, por consequência, profissional. No entanto, há a presença de um fenômeno, o bullying. Que é um tipo de violência contínua, metódica, persistente e que não necessita de pretexto ou justificativas para que aconteça. Os estudantes Altas Habilidades/Superdotação fazem parte dos grupos-alvos do bullying. Estes discentes apresentam elevado potencial em qualquer uma das seguintes áreas, de forma isolada ou combinada: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Podendo apresentar também, criatividade elevada, demasiado envolvimento com a aprendizagem e realização de tarefas de seu interesse. O bullying, torna-se, então, uma barreira para a inclusão deste grupo de pessoas em diversos contextos, principalmente no campo educacional. Objetiva-se, portanto, com este estudo, tratar das Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) atrelada ao movimento de violência, o bullying, para trazer à luz as consequências de tal violência na vida deste grupo em específico. A metodologia para coleta de dados foi inspirada na revisão sistemática, e para a análise dos dados optou-se pelos procedimentos da Análise Textual Discursiva. Concluiu-se, principalmente, que as pessoas com AH/SD são frequentemente vítimas do bullying, principalmente em ambientes culturalmente diversos. Como decorrência, apontamos transtornos psicológicos, dificuldades na vivência do processo de ensino e aprendizagem, nas relações interpessoais e na vida profissional e uma carência de artigos com foco na aprendizagem do estudante com AH/SD, sendo essa uma lacuna que ainda precisa de investigações. Além de publicações sobre o aparecimento de doenças psicossomáticas, que prejudicam a qualidade de vida, o que, nos últimos anos, tem sido usado como justificativa para enquadrar o bullying como um grave problema de saúde pública.