O Transtorno do Espectro Autista (TEA), caracteriza-se pelos déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Além dos déficits na comunicação social, o transtorno do espectro autista apresenta padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Considerando que o processo de aquisição da linguagem no contexto de leitura e escrita, requer uma interação social, alfabetizar uma criança com TEA se mostra um desafio, visto que a comunicação e a interação social destes indivíduos apresentam-se comprometidas. Os avanços tecnológicos e a inserção destes instrumentos como facilitadores da aprendizagem na escola como todo, tem sido um recurso facilitador de mediação sobretudo para as crianças com TEA. O professor como mediador pode utilizar esses recursos como estratégias de ensino, possibilitando uma aprendizagem significativa, além de estimular a interação entre pares através do manuseio dos suportes digitais (tablets, notebook, computadores e entre outros).Diante do que foi exposto, este estudo tem como objetivo fazer uma revisão de artigos científicos, dissertações e teses referentes a alfabetização de crianças com TEA utilizando os referidos suportes. Para tanto, foi realizado um levamento no Portal de Periódicos e no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES e Scielo para selecionar os dados. Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica e documental, visto que as pesquisas analisadas já foram publicadas. Os resultados demonstram as contribuições dos suportes digitais para a alfabetização e o desenvolvimento social e cognitivo das crianças autistas, uma vez que podem facilitar a aquisição de linguagem, assim como proporcionam propostas lúdicas para o processo de ensino e aprendizagem, no entanto, ainda existe uma escassez de pesquisas nessa área.