Este trabalho apresenta parte das inquietações oriundas das discussões no Programa de Pós Graduação latu sensu desenvolvido na Universidade Federal de Campina Grande e a intersecção com as atividades docentes que desenvolvemos. Compreendemos que a sociedade vem passando por várias modificações sociais, principalmente no campus discursivo somos a todo momento bombardeados a refletir sobre fala, conceitos e comportamentos naturalizados, mas que traduzem e enfatizam em seu bojo o preconceito e a exclusão nas múltiplas esferas. Dentre as várias discussões, a que mais nos incomoda refere-se às teorias raciais, preconizadas e incorporada na ideologia popular e das elites ao longo do tempo, ao qual atribuímos o mérito às teorias darwinistas. Teórico renomado e o fruto de seus trabalhos referendados e inseridos em livros didáticos de Ciências e de Biologia devido as suas contribuições para os avanços nos estudos da evolução, no entanto, no ensino de ciências e Biologia, sentimos que alguns postulados de sua teoria deveriam ter um olhar mais pormenorizado por parte dos docentes para questões que enfatizam o racismo e a depreciação de seres humanos. Neste ínterim, este trabalho emerge tendo como objetivo propor uma reflexão sobre o surgimento das ideologias raciais e como o ensino de ciências e Biologia podem ser relevantes para desconstruir ideologias e crenças equivocadas. Para tanto, faremos uso da pesquisa bibliográfica, ao qual recorremos a teóricos como Cortez (2005), Bolsanello (1996), Freire (1996), Munanga (2003). É necessário e urgente o combate às práticas racistas, que por muitas vezes são negadas e nesse sentido as aulas de ciências podem ser de grande relevância.