A expansão da internet trouxe benefícios como maior mobilidade e comunicação, mas o uso excessivo das redes sociais pode causar solidão e impactar o desenvolvimento neuropsicomotor, especialmente em crianças. Diretrizes pediátricas recomendam limites de tempo de tela de acordo com a idade. Para indivíduos autistas, a tecnologia pode desempenhar um papel importante na comunicação e no desenvolvimento, mas eles tendem a passar mais tempo em frente às telas. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, complexo e variável, que tem um impacto significativo no funcionamento cognitivo, emocional e social das pessoas afetadas, podendo causar déficits no desenvolvimento, na manutenção e na compreensão de relacionamentos interpessoais. O objetivo geral desta pesquisa é investigar se o diagnóstico de autismo influencia o controle do tempo de tela pelos pais de crianças e examinar a relação entre o tempo de tela dos filhos, dos pais e variáveis socioeconômicas, de acordo com a percepção parental. Os instrumentos utilizados foram: questionário sociobiodemográfico, instrumento sobre o uso de telas pelas crianças, bem como escalas para medir o uso de tela. A coleta de dados encontra-se em desenvolvimento. Estima-se que participarão desse estudo 20 responsáveis de crianças entre 5 a 11 anos com diagnóstico de autismo e 20 de crianças com desenvolvimento típico. A hipótese principal é que a presença do diagnóstico de TEA nos filhos está associada a um maior tempo de uso de telas, em comparação com crianças em desenvolvimento típico, com base em estudos anteriores. Além disso, almeja-se que esse estudo amplie a compreensão sobre a temática.