Este estudo apresenta um relato de experiência vivenciado durante o estágio supervisionado nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos (EJA). O objetivo é analisar experiências ou intervenções que implicam resultados satisfatórios de docência na perspectiva de inclusão na EJA. A pesquisa foi desenvolvida no período de setembro a novembro de 2023, com carga horária de 135 horas, na Escola Estadual de Ensino Fundamental que atende alunos com deficiências e é localizada no centro da cidade de Belém-Pará. A turma observada e analisada contava com dezoito (18) educandos com diferentes deficiências: TEA (Transtorno do Espectro Autista), Síndrome de Down (SD), múltiplas deficiências, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) e outros sem diagnóstico, porém com indícios de DI (Deficiência Intelectual), e a maioria deles possuía dificuldades de aprendizagem, e uma estudante sem deficiência aparente. Do total de alunos, a frequência quase sempre era de 3 a 5 deles. A metodologia da pesquisa está baseada em observação, registros e intervenções didáticas. Houve duas regências: o bingo das sílabas e a equilíbrio motor. Esta última dividiu-se em duas etapas, uma de pintura e outra de equilíbrio motor. Nesta regência, três estudantes participaram: um com TEA, um com SD e uma sem deficiência. Na intervenção de equilíbrio motor participaram três alunos: 1 com TEA, outro com SD e outra com possível DI. Os resultados indicam que as intervenções surtiram efeitos positivos na socialização dos educandos e no estímulo à aprendizagem. Concluiu-se que os alunos da EJA com deficiência necessitam de práticas pedagógicas com a perspectiva da inclusão, e que, para isto, é fundamental o(a) professor(a) estar qualificado(a) e transformar a sala de aula em espaço de socialização e de incentivo à aprendizagem.