Este estudo propõe uma reflexão sobre a necessidade de desmistificar o estigma associado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando os desafios enfrentados pelas pessoas autistas no processo de inclusão social. Através de uma pesquisa bibliográfica, explora-se como o estigma em torno do autismo pode representar um retrocesso para uma questão tão relevante no século XXI. Historicamente, o medo da "anormalidade" alimentou práticas de eugenia, destacando a importância de repensar a percepção da realidade considerando as peculiaridades do autismo. Contrariamente, o modelo social da deficiência e a perspectiva da neurodiversidade emerge como um movimento social que defende o autismo no contexto da diversidade humana, rejeitando a busca pela cura. Tais abordagens podem ser ampliadas pelos estudos interseccionais, ao oferecerem possibilidades humanizadas de tratar o tema. Portanto, políticas e movimentos de inclusão, que abrangem todos os setores sociais, questionam a noção de "diferença" e buscam transformações sociais no sentido da equidade. Tendo isso em vista, enfrentar o capacitismo e os estigmas em relação ao autismo é fundamental, reconhecendo cada pessoa como singular, com suas características, limitações, potencialidades e necessidades. Assim, a inclusão social é um direito inalienável e intransferível que faz com que as instituições e pessoas revejam suas práxis em direção ao reconhecimento da diversidade como algo potente em uma sociedade.