Avaliar o percurso da educação especial que perpassou de contextos de exclusão, segregação e integração para contextos “quiçá” mais inclusivos despertou em nós o desejo de refletir acerca dos usos dos portfólios no Atendimento Educacional Especializado (AEE) como procedimento avaliativo formativo condizente com uma perspectiva educacional inclusiva. Nesse sentido os Portfólios foram utilizados para contemplar as Avaliações Diagnósticas das/os estudantes público alvo da educação especial e, ao mesmo tempo, tornar efetivo o Plano Educacional Individualizado (PEI) ao estimular as habilidades que estavam em desenvolvimento, ou seja, que não haviam se efetivado. As bases para esse trabalho encontram aporte teórico nos estudos de Martins (2016) e estão em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) ao ampliar para as/os estudantes da Educação Especial condições de acesso, permanência, participação e aprendizagens por meio de um trabalho colaborativo e interdisciplinar entre a equipe de multiprofissionais, o corpo docente, toda a comunidade escolar e as famílias. Refletimos que por meio do uso dos portfólios é possível implementar um processo avaliativo formativo que indo na contramão da lógica excludente, meramente classificatória, evidencie para as/os estudantes público alvo da Educação Especial a superação de barreiras como o insucesso e o fracasso escolar para desse modo favorecer sua plena inclusão por meio de avaliações que visando a equidade sejam mais justas por serem capazes de evidenciar suas potencialidades e, também, permitir as adequações necessárias à superação de suas limitações. Ampliar a diversidade de usos e de significados corrobora com nossa compreensão sobre a diversidade humana e as possibilidades de produção de sentidos na busca por uma avaliação que cada vez mais seja capaz de incluir as/os estudantes da Educação Especial.