Sabe-se que a aquisição de uma segunda língua é de extrema importância, tanto socialmente quanto para desenvolver habilidades de comunicação, e até mesmo para a própria inteligência. Especialmente dentro do nosso mundo globalizado, é vital a importância do aprendizado da língua inglesa por estudantes em idade escolar. Quando se trata de um aluno neuroatípico, como um indivíduo com transtorno do espectro autista, a aquisição ocorrerá de maneira diferente por conta das suas características típicas referentes a esse transtorno. Esta pesquisa intenta descrever e discutir esse processo a partir da teoria sociointeracionista de Vygotsky, compreendendo que, apesar das limitações, sobretudo, à interação com outros indivíduos e com o meio, a criança com autismo pode adquirir uma segunda língua (L2), como por exemplo, o inglês, dentro de suas possibilidades e limitações. Neste sentido, este trabalho busca, com base em observações do processo de ensino/ aprendizagem de L2 inglês a indivíduos do espectro autista, como se dá essa aquisição no âmbito da teoria de Vygotsky, considerando-se seus três pilares propostos. Queremos levar a perceber que, mesmo diante dos obstáculos existentes por conta desta condição neurológica, a adequação em relação aos fatores biológicos e a interação entre o indivíduo, o social e o mundo são, de fato, essenciais para o sucesso desse processo.