Artigo Anais do V CINTEDI

ANAIS de Evento

ISSN: 2359-2915

ENSINO INCLUSIVO DE GENÉTICA: COMO ABORDAR A BIOLOGIA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

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Publicado em 02 de julho de 2024

Resumo

A Biologia envolve representações visuais, como imagens, gráficos e diagramas, que apoiam o entendimento dos mecanismos biológicos. Para estudantes com deficiência visual (cegueira e baixa visão) é importante oferecer alternativas acessíveis, como descrições verbais e materiais táteis, a fim de contribuir de forma significativa para o processo de ensino/inclusão escolar desse alunado. Considerando que esse processo é desafiador tanto para esses estudantes quanto para os professores, assim como o estudo da Genética na disciplina de Biologia, é primordial oferecer nesse contexto recursos de acessibilidade e Tecnologia Assistiva. Diante do exposto, este relato de experiência tem o intuito de apresentar os resultados da aplicação de recursos de acessibilidade e Tecnologia Assistiva no ensino/inclusão escolar de um estudante cego matriculado no 3º Ano do Ensino Médio em uma instituição de ensino federal, Colégio Pedro II, campus Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. A implementação das sequências didáticas foi aplicada por uma professora da classe comum na disciplina de Biologia, mais especificamente no tópico genética, que possui para sua explanação o uso de muitas imagens e necessita de certa abstração para o entendimento. Optou-se na metodologia pela abordagem qualitativa e fundamentação teórica nos estudos vygotskyanos, por compreender que minimizar as barreiras em diferentes dimensões e promover a acessibilidade possibilita ao estudante cego uma aprendizagem significativa e acesso aos conteúdos curriculares, valorizando experiências táteis e auditivas, assim como a interação com os outros estudantes. Os conteúdos foram disponibilizados em formatos acessíveis, como textos compatíveis com leitores de tela, como o NVDA, e podcasts, além de atividades em grupo, incluindo um estudo de caso, um teste e uma atividade prática sobre o sistema sanguíneo ABO. Os resultados apontaram avanços significativos em relação ao engajamento do estudante cego, participação ativa durante as atividades e interação com os colegas.

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