Este estudo traz algumas contribuições sobre a importância da audiodescrição no contexto universitário a partir da experiência de um estudante com deficiência visual do Curso de Ciências Biológicas do Centro de Educação e Saúde (CES/UFCG). O artigo relata um trabalho colaborativo desenvolvido no âmbito do Programa de Monitoria Inclusiva da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI). Partido da compreensão de que a audiodescrição consiste na transformação de imagens em palavras para que informações - chave possam ser acessadas por pessoas cegas ou com baixa visão, buscou-se estimular o uso desta ferramenta no cotidiano acadêmico do estudante. Este recurso tem a função de utilizar a acessibilidade nos mais variados tipos de materiais audiovisuais, possibilitando a compreensão das informações, por meio da descrição de detalhes relevantes das imagens. A experiência relatada neste artigo aponta que o uso da audiodescrição enriqueceu a experiência de aprendizagem durante as atividades acadêmicas, pois facilitou a compreensão de imagens, gráficos e diagramas que anteriormente eram inacessíveis. Viabilizando o entendimento dos conceitos e estimulando a participação ativa do estudante em discussões durante a aula e em atividades práticas de laboratório. Outras atividades também foram realizadas, a exemplo da elaboração de materiais didáticos em Braille, materiais com alto contraste, etc. Desta forma, ressalta-se a necessidade de ampliar o debate e socialização da experiência vivenciada no Campus de Cuité-PB, como um caminho possível na tentativa de tornar o espaço universitário mais inclusivo e diverso, contribuindo para a garantia do direito à acessibilidade comunicacional, no contexto de luta por uma educação mais inclusiva e anticapacitista.