O aumento da população idosa no Brasil reacende a discussão sobre inclusão digital das pessoas mais velhas, sobretudo com vistas a garantir sua participação social e autonomia nas demandas do dia a dia. As tecnologias digitais estão presentes no dia a dia mesmo que não se opte por elas: os bancos cada vez mais adotam as plataformas digitais, os aparelhos domésticos estão cada vez mais conectados e os produtos e serviços públicos e privados estão em processo acelerado de digitalização. Este artigo traz um relato de experiência sobre um curso ofertado na região Sul do Brasil a vinte pessoas idosas com idades entre 60 e 93 anos. O curso visava desenvolver competências digitais no uso do smartphone, no qual foram abordadas as temáticas “contratação de serviços” e “informação”. Ao longo do curso muitos dos participantes apresentaram insegurança ao utilizar o smartphone, principalmente quanto à continuidade no fluxo de navegação de sites e aplicativos nos quais havia contratação de serviços pela dificuldade tanto em compreender as etapas e informações apresentadas, quanto em reconhecer ícones e o sistema de comunicação visual adotado. Espera-se que as práticas aqui apresentadas contribuam para incentivar docentes e tutores de educação presencial e a distância a propor ações para o desenvolvimento das competências digitais “contratação de serviços” e “informação”, possibilitando que as pessoas idosas tenham autonomia e consigam identificar golpes e fraudes financeiros.