A formação inicial em pedagogia é uma temática de extrema importância no contexto do paradigma da inclusão, cujas questões curriculares tem implicações diretas na práxis educativa na sala de aula. A análise crítica do currículo e sua relação com a diversidade, permite que a(o) pedagoga(o) atue de maneira responsiva na promoção de práticas educativas inclusivas e sensíveis às diferenças. Nesse contexto, o presente estudo busca analisar a formação inicial docente dos cursos de pedagogia de algumas universidades públicas da Paraíba, visando mapear como a inclusão tem sido abordada no currículo. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa documental, nos Projetos Políticos Pedagógicos de três universidades: UFCG, UFPB, UEPB. Foi realizada uma revisão sistemática das ementas das disciplinas proposta pelo curso Pedagogia que tem em seu conteúdo programático temas direcionados à educação inclusiva. As ementas foram analisadas em diálogo com a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008), na Lei Brasileira de Inclusão (LBI) de nº. 13.146/15, e a Resolução CNE/CP nº 2, de 1 de julho de 2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior. Os resultados apontaram que os cursos apresentam propostas de formação Inclusiva, com pelo menos duas disciplinas presentes na grade curricular, porém ao analisar as ementas, as que eram informadas possuíam um resumo generalista, que priva a comunidade interessada no tema de um conhecimento prévio detalhado sobre o que será oferecido durante o curso. A inclusão enquanto direito de todos e um paradigma educacional releva a necessidade de reestruturação da escola e da formação de professores. Sendo importante que, os responsáveis pela construção das propostas curriculares das universidades dediquem cuidado com a porta de entrada para o início de uma formação bem sucedida dos profissionais de Pedagogia.