A presente pesquisa buscará refletir sobre possibilidades do uso de linguagens sensoriais no contexto de formação de espacialidades referentes à cidade por pessoas com Deficiência Visual. Perante o arrazoado de pesquisas tomadas como referência, o viés linguístico inclusivo na vinculação de questões espaciais e geográficas para este público transcende o que se encontra posto e salutar, oferecido pela Cartografia Tátil e/ou uso de Tecnologia Assistiva. Dito isto, faz-se necessário articular novas perspectivas que acompanhem a dinâmica de instrumentos e signos que estão presentes no cotidiano social dessas pessoas, que apresentam potenciais diversos para os entendimentos de fenômenos geográficos, sobretudo, os ocorrentes nas cidades. Em um viés qualitativo, buscaremos articular dados de pesquisa bibliográfica, documental e observação no Centro Brasileiro de Reabilitação e Apoio ao Deficiente Visual (CEBRAV), localizado na cidade de Goiânia/GO, selecionando e apresentando possibilidades que exploram os diversos sentidos, tais como tato, olfato, paladar, audição, propriocepção e aspectos multissensoriais. Como resultado dessa seleção e reflexão, será apresentado uma articulação desses potenciais sensórios. Como resultados de nossa observação, esperamos evidenciar que nossas articulações teóricas são pertinentes e bastante utilizadas no contexto de alfabetização espacial de pessoas com cegueira, bem como orientações para vida cotidiana nas cidades, proporcionando assim mais cidadania.