O ensino da escrita representa ainda um dos principais desafios nas aulas de Língua Portuguesa (Cf. Geraldi 2002, 2006; Antunes, 2002, 2009), sobretudo, para os professores em formação inicial (Tardif, 2009). Partindo disso, relataremos a experiência de execução de uma sequência didática sobre a produção de desfechos do gênero conto fantástico, desenvolvida em uma turma de 7º ano, do Ensino Fundamental II, de uma escola pública, em Campina Grande/PB, fruto das intervenções de graduandos vinculados ao Programa Residência Pedagógica/Letras–Português, da Universidade Estadual da Paraíba/CAMPUS I, financiado pela CAPES (2022-2024). De modo específico, propor-nos-emos: analisar o processo de escrita dos alunos, a partir da comparação entre as versões inicial e final dos textos produzidos; e investigar a contribuição dessa experiência para a formação dos professores em formação inicial. Este estudo, de natureza qualitativo-interpretativista, será conduzido por meio da pesquisa-ação (Tripp, 2005), à luz dos pressupostos teórico-metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo (Bronckart, 2009), em especial, do trabalho docente (Machado, 2009). Destacamos como resultados: não só melhorias nas habilidades de escrita do conto fantástico; bem como o reconhecimento quanto à possibilidade do trabalho docente, em sala de aula, com a modalidade escrita da língua, mesmo com poucas ferramentas didáticas e digitais. Dessa maneira, o estudo revela não apenas o aprimoramento das competências de escrita dos discentes, mas também fornece subsídios relevantes para a prática docente, nas aulas de Língua Portuguesa.