A manutenção da (não) precarização da vida é feita por meio de políticas públicas, pelo Estado e pelo neoliberalismo no tecido social e cultural, sobretudo acerca de corpos LGBTQIAP+. Nesse sentido, ocupar um posto de trabalho é compreendido como uma possibilidade cidadã no território brasileiro. Para tanto, o texto busca compreender onde e como migrantes venezuelanos LGBTQIAP+ trabalham no Brasil; a investigação possui abordagem qualitativa e objetivos exploratórios e descritivos acerca do fenômeno do fluxo migratório. De forma específica, a análise bibliométrica será feita por meio das palavras-chave "migrantes venezuelanos", "imigrantes venezuelanos", "LGBTQIAP+" e "trabalho" na plataforma SCOPUS nos últimos 20 anos (2003-2023) com dados na língua portuguesa, espanhola e inglesa; a coleta de dados será feita pelo Studio R e a análise preliminar dos dados será realizada pela plataforma aberta Bibliometrix. Os dados encontrados serão categorizados criticamente à luz dos conceitos de migração, vulnerabilidade e neoliberalismo como meio de compreender a singularidade da triangulação entre a tendência global de migração, em especial a migração venezuelana para o território brasileiro, as especificidades LGBTQIAP+ e a categoria trabalho. Os resultados parciais, por meio de uma postura empírica diante do campo, indicam desafios aos corpos de migrantes venezuelanos LGBTQIAP+ em ocupar postos de trabalho no Brasil, principalmente durante e após a crise sanitária de COVID-19 (2020-2023).