Neste artigo, tomamos o estudo sobre corpos LGBT+ como uma emergência no campo da Educação Matemática, uma vez que esses corpos são poucos representados em pesquisas nessa área de conhecimento, em especial, o não reconhecimento sobre suas identidades. À vista disso, este estudo busca responder a seguinte questão: como a educação matemática pode contribuir para o reconhecimento de estudantes LGBT+ numa esfera social que predomina a (cis-hétero)normatividade? Para isso, foi realizado um estudo teórico a partir dos ensinamentos trazidos nas obras de Ubiratan D’Ambrosio (1986;2011) e Rochelle Gutiérrez (2013;2018), as quais argumentam sobre a importância do educar matemático para além das fronteiras de cálculo. A partir dessas leituras, percebemos a importância de não corroborar com a ideia da Matemática ser neutra e apolítica, assim como se nota a necessidade de uma reflexão sobre a formação de docentes que ensinam essa disciplina, a fim de colaborar na sensibilização desses profissionais sobre a substancialidade de trabalhar positivamente as questões de gênero e sexualidade em suas aulas “reumanizadoras” e, portanto, não contribuir para uma homogeneização sobre os corpos que ocupam as ciências ditas exatas.